Honra e Glória
Sinopse:
França, Século XVII
O Reinado de Carlisle Swan VIII estava em decadência.
Sua única filha e herdeira, Isabella Marie, não conseguia ajudá-lo.
Inglaterra, Século XVII
Esme Cullen, filha da Rainha da Inglaterra, acaba de ficar viúva de Charlie Cullen III.
Seu filho mais velho e herdeiro, Edward Cullen, não sabia como ajudá-la.
Uma união visando a HONRA e a GLÓRIA de duas famílias, de duas NAÇÕES.
Um novo aspirante a sucessor do trono da França.
O casamento entre famílias tradicionais e a fusão de dois grandes poderes.
E dois herdeiros que farão de tudo para manter o posto que lhes é de direito.
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Observações sobre a FIC: Eleita MELHOR FIC ALTERNATIVA pela Top Fanfic Twilight (Fevereiro/2010)
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PRÓLOGO
- Posso saber por que você me odeia tanto? – ele me olhava de onde estava sentado, a perna cruzada sobre o joelho e um sorriso torto nos lábios. – Pensei que toda garota sonhasse em ter um irmão mais velho.
Como Edward era prepotente!
- Graças a Deus nunca tive esse tipo de desejo, sempre fui uma pessoa muito bem resolvida – respondi. Sabia que minha respiração estava descompassada, entregando meu nervosismo. Meus seios, imprensados pelo apertado espartilho, dificultavam ainda mais a entrada do ar em meu organismo.
- Você não me respondeu... Por quê você me odeia tanto, Bella? - Edward inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, os olhos verdes e penetrantes encarando os meus.
- Porque o trono da França é meu, por direito – eespondi, e vi que ele esperava por tudo, menos por isso. – E não vou abrir mão dele para o primeiro Inglês interesseiro que aparecer. Não sem lutar.
CAPÍITULO 1
POV DE ISABELLA
Mas, mesmo sem ter escolhido, essa é minha realidade. E não há muito o que eu possa fazer a não ser aceitá-la.
A economia Francesa está de mal a pior. A plebe encontra-se cada vez mais insatisfeita, e boatos de uma revolução não param de chegar, todos os dias. Eu não consigo ajudar o Rei; em verdade, quase não o vejo. Minha mãe, Renée, continua a residir no Castelo de Versalhes, em uma ala distinta de Sua Majestade.
Há muito tempo Carlisle havia enjoado de Renée.
Não posso dizer que fiquei completamente surpresa quando o Rei anunciou seu casamento com Esme Cullen, princesa da Inglaterra que acabara de ficar viúva. Afinal, essa união significava muito mais do que a junção de duas famílias. Significava a junção de duas grandes Nações.
Por isso, quando Ananda, minha criada, comunicou-me que Renée gostaria de falar comigo, eu já sabia sobre o que se tratava. Preparei-me psicologicamente e fui até seu aposento.
- Renée? – Ela estava de costas, a criada apertando seu espatilho, enquanto outra a abanava com um imenso leque. – Você deseja falar comigo?
Ela não se virou, só fez um gesto com a mão para que eu entrasse. E depois expulou as criadas do quarto.
- Claro que eu quero falar com você, Isabella. O Bispo de Wanderwood veio falar conversar comigo, hoje. Seu pai quer a separação, fez um requerimento ao Vaticano.
- Eu sei - admiti. - Não se fala em outra coisa no palácio.
Renée sentou-se dramaticamente, o vestido estufando ao seu redor.
- Você sabia? E não veio me contar?
- Eu tenho andado muito ocupada, Renée.
Era verdade.
Eu tinha um Tutor que me dava aulas particulares todos os dias, durante nove horas. Sem falar nas aulas de piano, bordado e etiqueta. Não era fácil ser uma princesa.
- Sim. Muito ocupada com o treinamento árduo para tornar-se uma princesa digna do trono, digna de um dia governar esse Estado. – Renée sorriu, como se tivesse pena de mim. – Pois, ao que parece, isso não será mais necessário!
Realmente não entendi aquele comentário.
- Desculpe, como?
Ela suspirou e continuou:
- Ao que parece você não informou-se muito bem sobre a futura nova esposa de Sua Majestade, a Princesa Esme Cullen. – Renée pronunciou o nome como se sentisse nojo. E provavelmente sentia. – Pois Esme possui nada mais, nada menos do que três filhos, todos homens, Isabella. E um mais velho do que você.
Eu já havia entendido onde Renée queria chegar, mas meu cérebro não queria processar - ou aceitar - aquela informação.
- Não estou entendendo o que você quer dizer com isso, Renée.
Ela sorriu como se sentisse pena de mim, mais uma vez.
- Estou querendo dizer que seu pai, o Rei, irá ter o sucessor ao trono da França que ele sempre desejou. O varão tão almejado. E o nome dele é Edward Cullen.
Só de ouvir esse nome eu já o odiei. O nome do homem que queria arruinar meu futuro, acabar com meus planos, destruir minha vida.
- Esme é inteligente e perspicaz, além de interesseira e traiçoeira, Isabella. Nada do que ela faz é impensado ou ao acaso. Ela sabe que Carlisle não possui um filho homem. Sabe que ele desejava isso mais do que qualquer outra coisa, para sucedê-lo. E tenho certeza que ela está apostando todas as cartas que tem nesse plano.
Esme Cullen não tinha mais nenhum prestígio na Inglaterra. Ela nunca seria a sucessora do trono, pois tinha um irmão, Willian Cullen. E, sendo o herdeiro varão, essa honra seria dele.
Esme tornara-se apenas um enfeite naquele país. Uma peça descartada no tabuleiro. E ela não queria isso. Não sabia viver sem o glamour e o reconhecimento da sociedade. Então agarrou-se à melhor oportunidade que poderia aparecer a sua frente: casar-se com Carlisle Swan era tudo o que ela mais precisava; Carlisle, meu pai, seria o alçapão para o retorno de Esme Cullen a um mundo de onde ela nunca queria ter saído.
E melhor ainda. Melhor do que a vida que ela tinha antes. Pois, na Inglaterra, Esme sempre seria apenas uma figurante. A filha cujo irmão herdou o trono, e seus filhos assim o fariam, no futuro.
Já na França, o seu filho Edward é que poderia ser o sucessor do rei. Poderia tronar-se o novo Rei. Afinal, Carlisle Swan não possuía um sucessor à altura.
Eu era apenas uma mulher, enfim.